Conceito de compra de carência
Quando falamos em aproveitamento parcial de carência — popularmente conhecido como compra de carência — estamos nos referindo a um recurso flexível e estratégico no universo dos planos de saúde. Ele permite que um beneficiário que já cumpriu parte ou a totalidade das carências em um plano anterior tenha esse tempo reconhecido ou “comprado” pela nova operadora, ao migrar de plano. Isso significa que você não precisará recomeçar os prazos de espera para ter acesso a determinados procedimentos, consultas ou exames.
Na prática, se você tinha um plano anterior e está trocando de operadora, a nova empresa pode, por liberalidade e como diferencial comercial, reduzir os períodos de carência que você teria de cumprir novamente.
Nem todo tipo de plano se beneficia automaticamente da compra de carência. Essa possibilidade é mais comum em migrações entre planos de categorias similares ou superiores. É uma estratégia usada pelas operadoras para atrair novos clientes. Planos individuais e, principalmente, empresariais com número reduzido de vidas são os que mais costumam aproveitar essa flexibilidade.
É fundamental entender que a compra de carência não é um direito garantido por lei, como a portabilidade. Trata-se de uma negociação comercial, sujeita à política interna de cada operadora. Ainda assim, é uma alternativa que pode acelerar significativamente o acesso aos cuidados de saúde, tornando a troca de plano mais vantajosa e fluida.
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Não confunda compra de carência com portabilidade
Diferença entre portabilidade e compra de carência
É importante não confundir a compra de carência com a portabilidade de carências, embora ambas possam resultar na isenção ou redução dos prazos de espera.
A portabilidade é um direito do consumidor, garantido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ela permite que o beneficiário troque de plano de saúde sem cumprir novos períodos de carência, desde que atenda a requisitos como tempo mínimo de permanência (geralmente 2 ou 3 anos, conforme o caso), adimplência e compatibilidade entre os planos em termos de cobertura.
A compra de carência, por outro lado, é uma concessão comercial da operadora, não prevista em lei. Ela ocorre quando o beneficiário não atende aos requisitos da portabilidade — por exemplo, por não ter o tempo mínimo exigido ou por falta de compatibilidade entre os planos —, mas a nova operadora decide, por estratégia de mercado, reduzir as carências com base no histórico do beneficiário.
A principal diferença está na natureza jurídica: a portabilidade é um direito, enquanto a compra de carência é uma opção comercial oferecida a critério da operadora.
Na portabilidade, a operadora é obrigada a isentar ou reduzir as carências já cumpridas, desde que os critérios da ANS sejam atendidos. Já na compra de carência, a operadora pode conceder aproveitamento parcial das carências, de acordo com regras internas. Em geral, costuma-se oferecer redução para consultas, exames e internações, mas não para parto ou doenças preexistentes.
Compreender essa distinção é essencial para definir a melhor estratégia ao trocar de plano. Cada situação exige abordagens e documentações diferentes, e contar com um corretor especializado é fundamental para entender qual opção se aplica ao seu caso.
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Planos de saúde com redução de carências
Como funciona na prática a compra de carência
Na prática, quem já cumpriu parte ou todas as carências no plano anterior pode negociar com a nova operadora uma redução proporcional desses prazos. Essa análise é individual e depende de diversos fatores.
Essa opção costuma ser oferecida a beneficiários oriundos de planos com cobertura e rede semelhantes (congêneres) ou superiores, e que tenham um bom histórico de permanência, mesmo que não atendam ao tempo exigido para a portabilidade.
Critérios comumente analisados pelas operadoras incluem:
- Tempo de permanência no plano anterior (quanto mais longo, melhor a negociação);
- Categoria e abrangência do plano de origem (planos nacionais e com ampla rede costumam ter mais peso);
- Cenário competitivo do mercado (em períodos de maior disputa por clientes, as operadoras tendem a ser mais flexíveis).
A negociação é conduzida por um corretor, que apresenta a proposta do novo plano já com as condições de carência definidas pela operadora, com base nas informações fornecidas e nas diretrizes comerciais da empresa.
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Documentação exigida para compra de carência
Para que a compra de carência possa ser analisada e, eventualmente, aprovada, é necessário apresentar documentos que comprovem o histórico do beneficiário no plano anterior. São eles:
- Carta de permanência da operadora anterior, com data de início, data de cancelamento (se aplicável) e o histórico de carências cumpridas;
- Comprovantes de pagamento dos últimos boletos (geralmente os três últimos), para comprovar a adimplência;
- Carteirinha ou contrato do plano anterior, para verificar as coberturas contratadas;
- Declaração de saúde atualizada e, em alguns casos, exames médicos recentes.
Esses documentos são fundamentais para que a nova operadora avalie sua elegibilidade. Sem eles, a tendência é que o beneficiário tenha de cumprir todas as carências desde o início. Organizar essa documentação com antecedência, com o apoio de um corretor, é um passo essencial para agilizar o processo.
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Condições especiais de aproveitamento de carência
Estratégias e exemplo prático
A compra de carência é uma alternativa valiosa quando a portabilidade não é possível, seja por critérios técnicos ou por necessidade de troca imediata.
Também é uma opção inteligente ao trocar de operadora que adote políticas comerciais flexíveis, como forma de atrair novos clientes. Algumas seguradoras oferecem condições especiais de aproveitamento de carência até mesmo para empresas de pequeno porte.
Exemplo prático:
João manteve um plano individual por 12 meses, cumprindo as carências exigidas para consultas, exames, internações e cirurgias. Ao decidir mudar de operadora, ele descobre que não atende aos requisitos para a portabilidade. Nesse caso, a compra de carência seria extremamente útil, permitindo o aproveitamento dos prazos já cumpridos no plano anterior.
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Para compra de carência fale com um corretor
Compra de carência: um recurso estratégico com o suporte da Medi Corretora
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